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quarta-feira, 31 de março de 2010

Renato Manfredini Júnior me deixou conservador

No último dia 27 de março Renato Russo faria 50 anos se estivesse vivo. Não sou crítico musical e por isso não tentarei aqui fazer uma análise sobre sua obra, embora possa tentar algum dia.

Conheci a Legião Urbana quando cursava a 5ª série do fundamental, junto com colegas, hoje amigos, como Genildo Vasconcelos, Michel e Alex Lucena, todos à época aprendendo a tocar violão (o que, diferente deles, não sei até hoje). Folheávamos revistinhas com cifras da editora Escala e experimentávamos cada letra. Falando apenas por mim, aquelas músicas marcavam e marcam bons momentos, como, de certa maneira, ajudaram na construção de uma identidade, seja estética ou política.

Lembro perfeitamente de falar de algumas canções da Legião Urbana em sala de aula, o que unia entretenimento com informação. Para alguns a obra da Legião Urbana e do Renato Russo é simplesmente “uma fase” por qual todos, com mais de 25 anos passaram. Se isto quer dizer que conseguiram encontrar algo melhor que esta fase, parabéns. Eu não consegui.

Não me contento com frases de efeito, com chavões, com rimas pobres, com falta de conteúdo e, deste modo, tenho muita dificuldade de encontrar a mesma qualidade, presente na obra do Renato Russo, na cena musical contemporânea. Por isso, me sinto conservador, musicalmente falando. Ter conhecido a música da Legião Urbana e do Renato Russo me condenou a gostar do que é bom e, cá entre nós, sou muito feliz assim!